Quem fuma faz parte do grupo de risco para o coronavírus (Covid-19)?
Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde, o tabaco causa diferentes tipos de inflamações e prejudica os mecanismos de defesa do organismo.
Tais motivos levam os fumantes a ter um maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos.
Infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose acometem com maior frequência os fumantes abalando os seus sistemas imunológicos.
Além disso, o INCA alerta que o consumo do tabaco é a principal causa de câncer de pulmão e importante fator de risco para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), entre outras doenças.
Pelo exposto, o Instituto divulga que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19.
O referido Instituto conclui que, devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.
Também, segundo o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), “A pessoa que fuma, ao entrar em contato com a Covid-19, torna-se ainda mais vulnerável, com 45% mais chances de sofrer complicações de saúde.
A ciência explica que o cigarro não produz um efeito protetor contra a Covid-19, pelo contrário, aumenta a produção de uma célula que facilita a penetração do coronavírus nos pulmões, favorecendo a infecção e aumentando os riscos de complicações com a Covid-19.”
O Conselho ainda informa que “O alerta foi feito pelo presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Frederico Fernandes, no debate virtual Tabagismo e Risco Potencial para a Covid-19, transmitido nesta quarta-feira (27/05) pelo canal do Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Youtube, em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil.
O pneumologista Frederico Fernandes destacou que, em suas diferentes formas, o tabaco contém mais de 4,5 mil substâncias tóxicas e mais de 90 substâncias cancerígenas.
A pessoa que fuma, segundo o especialista, tem maiores chances de desenvolver uma série de problemas relacionados ao tabagismo, como câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias e psiquiátricas.
Em abril, um estudo francês dizia que a nicotina protegia da doença, mas entidades médicas de todo o mundo se posicionaram contra.
Parecia uma notícia boa. Um tanto improvável, mas um alento entre tudo que vinha sendo divulgado sobre a pandemia do coronavírus.
Este estudo realizado na França indicava que a droga presente nos derivados do tabaco, supostamente teria um efeito protetor contra o vírus da Covid-19.
O pneumologista brasileiro, Frederico Fernandes, contrapôs este resultado com um trabalho realizado com metodologia de revisão sistemática e meta-análise, de maior evidência científica.
• Fumantes têm riscos 45% maiores de complicações por covid-19.
• A mortalidade é 38% maior entre os fumantes, quando internados.
• Se o cigarro já levou o indivíduo a desenvolver uma doença pulmonar crônica, o risco de complicação é 88% maior.
“O estudo conclui que o tabagismo está associado à progressão negativa e a efeitos adversos da covid-19. Quando se interpreta a literatura de forma adequada, o resultado é inverso ao que estava sendo propagado”.
Fontes: INCA, CONASS, Jornal CORREIO

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